P: Olá - Pinheiro e antes de começarmos, agradecer-te pela disponibilidade que tiveste comigo e obrigado pelo tempo que estás a dispensar, primeiramente pedia-te que me falasses um pouco da pessoa que está por detrás do teu nick?
R: Antes de mais um obrigado por te teres lembrado de mim para abrir este projeto teu que acho muito interessante.
Relativamente ao meu nome e a quem eu sou, eu tento ser uma pessoa normal que tenta manter e aplicar os valores que me foram transmitidos desde criança e no fundo tentar mostrar que é possível haver inimigos mas haver respeito. Porém também sou um rapaz que detesta injustiças e quando vejo malta a falar mal de algo ou de alguém que sei que não é verdade, salto logo em cima. Sou bastante impulsivo nesse aspeto.
De resto acho que sou uma pessoa normal como as outras com as suas qualidades e defeitos ahah
P: Antes de nos centrarmos no mundo em si, e no teu papel na Odium, pedia que nos contasses o teu precurso no tribos, como começou? quando é que o bichinho começou a pegar? mundos mais marcantes, por aí.
R: Isso já foi a muito tempo ahahah mas vou me tentar lembrar de tudo:
O primeiro mundo que joguei a sério foi no mundo 17. Foi onde cresci e recebi a maior parte da essência do jogo. Comecei a jogá-lo por causa de um amigo de escola, estávamos nós no 7º ano e íamos sempre nos intervalos a correr para os computadores da biblioteca para conseguirmos ir meter a nossa aldeia a trabalhar. Entretanto também soube que um primo jogava no mundo 12, se não estou em erro, e quando entrei ele ia me dando uma injeção de recursos mas nunca fiz nada lá de útil, se comparando com o mundo 17 mas deu para também para aumentar o meu conhecimento defensivo.
Após o mundo 17, fiquei bastante tempo sem jogar e, se não estou em erro, voltei apenas no mundo 30 ou 33 mas também nunca ia longe por causa da escola e quando és miúdo queres é estar na rua a jogar a bola e correr :joy:
Conheci alguma malta que ainda hoje tenho contacto apesar de ser só conversa de vista, mas se aparecem é porque andam aí vivos e vale sempre a pena enviar um "olá, boa sorte para o mundo" e fazer aquela conversa circunstancial básica também para relembrar os bons velhos tempos.
Por fim, a minha "carreira tribal" começou diria no 54 onde conheci alguns dos melhores amigos que pude conhecer no tribos e acima de tudo foi onde vi que dá para ser amigo do inimigo. Desisti do mundo porque a tribo onde estava inserido não era coesa e caiu deixando o mundo numa miséria, no local onde estávamos. Foi lá onde conheci o naturefresk. e ele me convidou depois para o clássico de 2017. Foi onde o conheci e me dei a conhecer. Fechamos esse mundo e decidi voltar ao tribos no 59 onde ele me arranjou uma cunha para entrar na TLM e que também acabamos por fechar.
Foi um grupo que eu adorei pertencer e ainda levo muitos amigos de lá e até tenho inimigos de lá que agora são membros da minha tribo ahahah
Apartir daí foi sempre a entrar com o mesmo grupo. Estavamos a fechar o 59 quando surgiu o projeto do Sprint do Astronauta do PT67, a Unum, onde estamos atualmente com o domínio total do cerco e os nossos inimigos, começaram a apagar as contas. Esse mundo para mim foi o que me deu mais experiência ao nível de liderança devido as enormes dificuldades diplomáticas e internas que o mundo criou sobre nós.
Pertenci ao conselho durante aquela fase negra da tribo mas depois porque o tempo e a cabeça estavam saturadas e também porque o mundo já se encontrava mais "renhido", decidi abdicar da minha posição do conselho porque também sabia quem estava lá não ia deixar o projeto cair.
P: Apesar de recentes, tens experiências de liderança em tribos de bom nome na comunidade, o tribos como deves saber é um jogo de grande desgaste por ser jogado 24x7, consegues me dizer momentos em que sentiste realmente desgastado e pensaste por fim à tua estadia no tribos?
R: Já tive 3 ou 4 projetos onde estive próximo da liderança e quando assumi o 67 como conselheiro não era algo de novo para mim mas sim algo que sempre tentei evitar ao longo do meu percurso como jogador de tribos devido a quantidade de problemas que existem e devido a minha forma de ser.
Sou um rapaz bastante extrovertido e brincalhão e gosto de ter essa postura porém como deves perceber não dá para o fazer quando és o líder.
Relativamente ao desgaste, senti esse desgaste neste verão devido a alguns problemas pessoais graves e ao mesmo tempo na situação crítica que a Unum se encontrava na altura. Estavamos perante uma "família" com 5 tribos denominada de RL e tinhamos a Throw que foi a que sempre deu mais "pica" apesar de no fim quando começamos a bater de igual para igual, não tiveram a capacidade de aguentar como nós aguentamos e de tentar dar a volta ao mundo. Devido a essa quantidade enorme de inimigos (aproximadamente 3/4 do mundo contra nós), como deves imaginar havia problemas internos, devido ao descontentamento de algumas pessoas relativas a situação atual e da forma como alguns "aliados" se encontravam mais a prejudicar. Por isso acho que foi mesmo no 67, por volta do fim das férias de verão que com esses problemas pessoais, problemas diplomáticos, internos da tribo e outras variantes que não posso aqui mencionar que me deixaram a uma gota de terminar tudo naquele mundo.
P: Agora que já te conhecemos o teu percurso e historial no tribos, fala-nos como surgiu a Odium, e porquê de Odium no pt70?
R: Isso é uma boa pergunta, por acaso.
A malta pensa que o nome Odium é uma ligação ao 67 da tribo Unum, o que é parcialmente falso.
Como não é difícil de reparar, Odium vem de odiar. Decidimos entrar no mundo, com o plantel que temos e ainda possível de alterações, alguns jogadores que criam instabilidade no mundo devido a "facadas", jogadas, feitios, egos, dinheiro, o que for. Pegamos num plantel odiado e que é para ser odiado. Ódio de sermos bons, ódio por ganharmos, ódio por não cairmos a primeira tentativa. Puro ódio.
Mas, como disse em cima, parcialmente do nome tem a ver com o 67. Foi um mundo onde o motivo para não se aliarem a nós partia do "têm o melhor plantel do mundo para dar a volta" ou um "Não queremos ter nada a ver com os jogadores X e Y".
A outra parte do nome acaba por ser uma crítica a toda a comunidade que não consegue "perdoar" ou seguir em frente mundos anteriores. Penso já ter dito atrás na entrevista que eu, sou líder atualmente neste projeto e tenho inimigos de mundos passados que confio totalmente. SempreOnline, Karsen,..., podia dar x nomes mas não há necessidade. Com isto quero dizer que podemos ser inimigos, podemos ir para o FE, andar nas picardias mas o que fica é o convívio que temos entre a malta e a confiança e os valores que o nosso nick transmite.
P: Quais na tua opinião, os pilares chaves de uma boa liderança que pretenda levar tribos a finais de mundos?
R: Comunicação, Confiança, Motivação, Transparência, Dedicação e Lealdade.
"A árvore não nega sua sombra nem mesmo ao lenhador"
P: Neste preciso momento, e após os contactos que tiveste em lideranças, és o líder que idealizavas ser há uns tempos??
R: Eventos recentes fizeram com que a minha maneira de pensar e agir mudasse. A base do líder que idealizava ser e que achava que era encontrasse aqui apesar de não ser nem de perto um líder completo como todos pensam alguma vez ser.
Estou atualmente a líder deste projeto juntamente com o [player]petifire[/player] e o [player]- Bolo Fofo[/player] que ajudam a liderança a ficar completa.
É como se os meus "defeitos de líder" fossem combatidos pelas qualidades deles e vice-versa.
Mas acho que nunca idealizei-me ser alguma vez líder, como se fosse uma ambição apesar de neste ter aceite com muito gosto fazer parte da criação e estruturação do projeto e acima de tudo do orgulho que tenho da malta que entrou neste projeto connosco porque acreditava em mim para os liderar.
Estamos a falar de um rapaz de 20 anos que pode ter que mandar um "velhote" de 30-40 e existem egos que não aceitam isso muito bem.
P: Acredito que este mundo te vai fazer crescer e ensinar certos aspetos de liderança, até porque estamos sempre a aprender e isso é muito bom.
Agora centrando nos um pouco no Pt70, consegues me fazer uma pequena análise das tribos, que achas que vão dar cartas no mundo tendo a hipótese de no final “levantar o caneco”?
R: Acho que é demasiado precoce dizer quem tem mais hipóteses de "levantar o caneco" como dizes. Todas as tribos que neste momento entraram e estão no mundo, tem essa possibilidade.
Umas mais que outras devido a diplomacias, recrutamentos, espiões, jogadas, etc (Coisas naturais do jogo, não vale a pena criticar porque acabam sempre por acontecer) mas que no fim, depende apenas e, a meu ver, no grupo mais coeso tanto a nível de jogadores como de liderança.
Seria bastante indelicado dizer que acho que a tribo "X" vai vencer porque eu só penso em trabalhar com os meus companheiros para lutarmos para essa posição , a vitória do mundo. Algo que saliento, será bastante complicado, devido ao potencial das restantes tribos que se encontram no mundo.