Crónicas de guerra

  • Iniciador do tópico pedro802c
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(lider)Capítulo 1(lider)​

O silêncio e o ar pesado da noite faziam prever um acontecimento que mudaria o mundo.

Num reino longíquo, veteranos de guerra aperfeiçoam os últimos promenores do plano de batalha. São homens rudes, frios e resilentes, marcados pela experiência de inúmeras batalhas.

Nas tabernas, bárbaros e cavaleiros esvaziam os últimos garrafões, bebem os últimos tragos de vinho, mas não dão lugar a conversa. O silêncio é a voz que fala mais alto, anunciando a partida que está para breve.

Na manhã seguinte, o soar da corneta dá lugar a um alvoroço invulgar. A organização das fileiras ocorre de forma rápida, já todos sabem o seu lugar. A ordem de comando surge e os homens avançam.

Um número incontável de tropas parte em mais uma viagem, desde bárbaros cujo o olhar atemorizaria o mais corajoso dos mortais, aos cavaleiros que imponentes montam nos seus cavalos. Trata-se de um exército isento de emoções e sem alma que consigo leva o terror e o medo a cada sítio por onde passa...




(lider)capítulo 2(lider)​
Um barulho ensurdecedor faz acordar toda a cidade poucos momentos antes do nascer do sol. Todos se apressam para ver o que se passa. As tropas são reunidas perante a ameaça que se faz ouvir.
Na linha do horizonte começa-se a desenhar os recortes de alguns homens, que pouco a pouco se multiplicam. O som que se faz ouvir é o bater coordenado dos pés no chão árido, fazendo tremer a terra por vários quilómetros.

Sem qualquer hesitação avançam em direcção à cidade.

No seu caminho não sobra pedra sobre pedra,a chacina à sua passagem é total, uma sede de sangue marca o seu destino.

Os que não têm para onde fugir escondem-se onde podem, outros preferem o suicídio e os que tentam resistir, de pouco lhes serve, o seu destino estava traçado no momento que se tornaram no alvo.

O objectivo da jornada foi cumprido. A cidade foi tomada. Mesmo destino teve, no mesmo dia, a cidade vizinha. É hora do regresso a casa. O inverno aproxima-se e as montanhas ficam intransponíveis em tal altura do ano...
 

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(lider)Capítulo 3(lider)​

O branco dá lugar ao verde, o frio polar que se fazia sentir dá lugar ao calor dos primeiros raios de sol da primavera. O vento sopra relatos de movimentações para lá da montanha. A incapacidade de reacção deixa apenas uma opção, esperar.

O fim do rigoroso inverno anuncia o início de uma nova jornada. O relinchar dos cavalos transparece a ansiedade de partir em mais uma viagem. Também eles compartilham da vontade dos seus donos.

Equipados de preto, sem qualquer tipo de medo ou sentimento de temor, partem em direcção ao inimigo. Tudo foi estudado ao pormenor, até o mais ínfimo detalhe do mapa foi tido em conta.

Vindos de todos os lados, as montanhas curvam-se e cedem passagem perante o número de tropas que se juntou à sua entrada.

O rasto deixado ao longo do caminho percorrido é macabro. Absorvem qualquer resto de vida como que de uma prazerosa e agradável refeição se tratasse. Consigo viaja a morte e nada mais que isso...
 

DeletedUser45342

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Gostei como foi narrada a crónica dentro do espirito medieval as batalhas eram mesmo assim
eram praticadas barbaridades a palavra piedade não fazia parte do seu vocabulário os fins
justificavam metodos quanto mais carnificina melhor.
 

DeletedUser

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(lider)Capítulo 4(lider)​

Outrora temidas pela força da sua natureza, agora temidas por aqueles que as controlam, as montanhas rendem-se aos que a tentam atravessar. Após a passagem, no lado norte, no sopé da montanha, um número sem fim de tropas para e organiza-se em fileiras bem distintas.

Apesar de divididas por três batalhões, nem assim o número de tropas possibilita a contagem. À frente das mesmas, um corpo alto, robusto, forte e temível aparece. Os homens outrora rudes, frios, isentos de qualquer emoção, mostram respeito pela personagem que perante eles se apresenta.

Após uns breves segundos dominados pelo silêncio, palavras de ordem são gritadas pela personagem desconhecida. Do nada, o chão estremece, uma sensação de prazer mistura-se com a ânsia de matar e por toda a parte ecoa o haka, uma dança ritual feita para intimidar os inimigos que os esperam.

Após o número artístico, os três batalhões dividem-se e seguem direcções opostas. Conscientes da sua força, marcham confiantes e motivados para cima do inimigo.

Três cidades são conquistadas e rendem-se perante a força desumana que sobre elas cai. No entanto, na hora do regresso a casa, poucos o fazem. Desta vez não há regresso. Aquele território agora pertence-lhes e ali irão esperar novas ordens.

Por entre as cinco cidades agora tomadas, outras vilas e aldeias mais pequenas vão sucumbindo. Os relatos vão chegando às cidades vizinhas que depressa tomam medidas para evitar o mesmo destino... como se fosse possível evitar tamanha força...
 
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