[Ficção] A velha

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DeletedUser14254

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Índice de capítulos:
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13


Capítulo 1

- Anda João! Ainda temos de fazer o check-in! – gritava André junto à porta de casa, enquanto ajeitava novamente o seu smoking.
A casa era algo pequena e rudimentar. Fazia o estilo das casas antigas, quadrada, com a mesma dimensão em todas as arestas. O telhado perdera a sua cor original com os anos, e agora era mais negro que laranja. As janelas perderam a sua função, visto estarem demasiado baças e sujas para que se possa ver por elas. As paredes, originalmente brancas, tinham agora um tom beige. O jardim estava uma confusão: ervas cresciam entre as plantas, flores murchas predominavam uma paisagem repleta de frutos apodrecidos caídos no chão, resultado do mau tratamento das árvores de fruto. O jardim ilustrava as condições da casa e era também a marca das curtas estadias dos moradores.
- Já vou! Já vou! – respondeu João, ainda tentando apertar as calças que milagrosamente se tornaram mais pequenas desde a sua compra.
- Rápido!- gritou de volta André, num frenesim constante.
João desceu as escadas rapidamente enquanto tentava apertar o seu cinto. Quando estava prestes a sair pela porta para alegria de André, fez uma paragem momentânea como se estivesse a pensar em algo e voltou para trás. Uns segundos depois voltou com duas barras energéticas.
- Para a viagem – afirmou ele.
- Vamos, rápido!
Os dois amigos entraram no carro. Um Ford preto do ano de dois mil e seis. André sentou – se no lugar do condutor e iniciaram a viagem até ao aeroporto da Portela.
- Porque achas que fomos chamados a ir à ONU? – perguntou João.
- Não faço ideia – disse André – mas sei que não temos direito a um jato privado, por isso temos de nos despachar ou perdemos o avião.
André conduzia apressadamente por entre o trânsito das ruas de Lisboa. Pelo caminho, passou um semáforo vermelho e um amarelo. João, já habituado à forma pouco ortodoxa como André conduzia, estava calmamente a procurar por algum objeto no porta – luvas.
Passados uns segundos mostrou uma face de concretização e tirou as carteiras de ambos, onde procurou pelos passaportes. Ao verificar que se encontravam lá, mostrou – se aliviado.
Passados uns minutos podia avistar – se o destino. Quando chegou, André parou repentinamente.
- Sai, vai indo que eu vou estacionar o carro.
João obedeceu. Assim que desapareceu pelas portas do aeroporto, André partiu numa busca por um lugar para estacionar o carro. Depois de quatro minutos, encontrou um vago junto a um ecoponto e estacionou lá. Deixou o carro numa corrida e quando já tinha percorrido uns dez metros lembrou – se que se esquecera de fechar o carro. Felizmente o comando fechava o carro a uma distância inferior a vinte metros e não teve de voltar atrás.
Continuou a correr em direção ao aeroporto e foi ter com João. Depois de fazerem o check – in foram dirigidos para o avião correspondente.
- Classe económica? Nós somos chamados pela ONU e voamos em classe económica?
- Por favor acalme – se senhor. Não há nada que possamos fazer.
- Não há? Ou não quer?
- Senhor, acalme – se ou terei de chamar a segurança.
- Chame a segurança, e depois explique ao senhor Ban Ki-Moon.
- Desculpe, quem?
- Estas pessoas hoje em dia são mesmo ignorantes! É o secretário – geral da ONU!
- Lamento senhor, vai ter de seguir as nossas ordens. Pode sempre optar por não ir e explicar a esse senhor o porquê de ter faltado a um compromisso tão importante.
João achou que devia deixar de discutir com a senhora, já que nem sabia bem qual era o cargo que ela ocupava.
André e João ficaram separados no avião por seis lugares. João, para sua má sorte, ficou sentado junto à janela, algo que ele simplesmente odiava. Talvez por ter vertigens, nunca gostou de ficar em tais lugares.
O voo desde Lisboa até Boston durou doze horas e vinte e cinco minutos, pois tiveram uma passagem por Frankfurt antes de chegarem ao destino.
Quando finalmente puderam sair pelas portas do aeroporto de Boston, verificaram que uma limusina estava parada junto ao passeio.
- Boa noite. São os senhores João Madureira e André Pinheiro? – perguntou em Inglês um segurança de ar forte, que vestia um smoking preto.
- Sim, nós éramos – os– respondeu João, com um Inglês péssimo.
- Desculpe? – respondeu o segurança, algo confuso.
- Peço desculpa pelo meu amigo, o Inglês dele é algo fraco. Sim, nós somos quem você procura. Imagino que nos vá transportar à ONU? – disse André, num Inglês perfeito.
- Exato. Façam o favor de entrar. Estamos a preparar uma ligação áudio com o senhor Ki-Moon. Ele irá pôr – vos a par de tudo o que necessitam de saber antes de chegarem à ONU.
André e João entraram na limusine que de imediato partiu em direção às instalações da Organização das Nações Unidas.
 
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DeletedUser27201

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Li tudinho,
Está muito bom,
Desenvolvimento fantastico,
Parabens e que venha o proximo capitulo! ;)
 

DeletedUser25687

Guest
Já li tudo , excelente :)

Aguardo pelo próximo capitulo :D
 

DeletedUser

Guest
Boa Rafita :D


ta muito boa, tambem tinha que ser um RAFAEL a fazer xD

continua, ja agora quando sai para o cinema xD
 

DeletedUser

Guest
tens ai uns espaços k nao sao preciso xD

esta muito bom
tem muita descriçao, k eu gosto
 

DeletedUser

Guest
- Já vou! Já vou! – respondeu João, ainda tentando apertar as calças que milagrosamente se tornaram mais pequenas desde a sua compra.(...)

João desceu as escadas rapidamente enquanto tentava apertar o seu cinto.

Estão apertadas e ainda leva cinto? o Joao é mesmo Estupido xD

So detetei este erro de resto está bom
 

DeletedUser

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Excelente, está com uma qualidade surpreendente. Parabéns.;)
 

DeletedUser21194

Guest
Sem palavras, sem dúvida das melhores FIC's que já li na minha vida, excelente, irei ficar na espectativa do 2° Capitulo, pois nesse creio que irá começar a acontecer coisas interessantes digamos assim :)

Os meus parabens Rafita :)
 

DeletedUser

Guest
Como sempre espetacular, acho que escreves bem, acompanho a tua primeira Ficçao :)p) desde o primeiro dia e como sempre este esta excelente, mas poderias fazer uma introduçao com o que faziam o andre e o joao antes de irem para a Onu?
 

DeletedUser14254

Guest
Como sempre espetacular, acho que escreves bem, acompanho a tua primeira Ficçao :)p) desde o primeiro dia e como sempre este esta excelente, mas poderias fazer uma introduçao com o que faziam o andre e o joao antes de irem para a Onu?

Não vou revelar detalhes de próximos episódios né? :cool:
 

DeletedUser14254

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Capítulo 2

- Posso perguntar coisa? – perguntou João.
- Acabou de fazer uma pergunta – respondeu o segurança, em tom de brincadeira.
- Sim… então devo perguntar outra coisa?
- Claro.
- Porque estar nós em Boston se a casa da ONU é em Nova Iorque?
- New York, é o que pretende dizer?
- Sim.
- Porque nós não vamos para a ONU.
Nesse momento, André que ignorava a conversa entre ambos, interviu:
- Não?!
- Não – respondeu o segurança.
- Então o que é tudo isto? Uma farsa?
- Não senhor. O senhor Ki-Moon chamou – vos, porém não pretende que se dirijam à sede da ONU.
- Então? – perguntou João.
- Estamos a preparar uma ligação áudio – visual com o senhor Ki-Moon. Por favor aguardem.
João e André olhavam – se mutuamente, não entendendo a situação em que se encontravam. Quem os observasse diria que estavam a tentar falar através do olhar, mas como cientistas e investigadores sabiam que tal não era possível.
- Viva meus senhores – no ecrã, apareceu a imagem de um indivíduo coreano, na ordem dos 70 anos. Como fundo, via – se a bandeira dos Estados Unidos da América e um símbolo, onde estavam inscritas as iniciais SSE.
- Senhores, a ligação está pronta. O senhor Ki-Moon irá pôr – vos a par de todos os detalhes que necessitam de saber antes de chegarmos ao destino.
- Olá senhor Ki-Moon! – saudou André.
- Presumo que sejam os cientistas / investigadores João e André, estou correto?
- Sim – respondeu João, afirmitivamente.
- Bom, primeiro devo informar – vos de que vocês não foram chamados à ONU.
- Sim, já sabemos isso. O seu homem disse – nos – afirmou André.
- Excelente.
- Como pode aquilo ser ótimo? Você enganar nós!
- Desculpe, senhor João, não o entendi.
- O meu colega perguntou – lhe como é que isto pode ser considerado bom, uma vez que fomos enganados – explicou André.
- É bom porque já não terei de vos dar essa informação. Admito que enganar – vos possa não ter sido a opção mais correta, porém tive de o fazer, ou nunca teria contado com a vossa presença no SSF.
- Mas que raio é o SSE? – perguntou, irritado, André.
- Muitos fenómenos estranhos têm acontecido numa cidade chinesa de seu nome Panzhihua – explicava o secretário – geral da ONU – mas não sabemos o que de tão estranho tem acontecidos por aquelas bandas. A população não consegue descrever o que se passa por lá, por motivos que nos são alheios, e a última escolta de cientistas que enviamos à cidade desapareceu misteriosamente.
- Mas você chamou nós por causa de um bando de ovelhas mortas? – disse em tom jocoso, João.
- Não senhor João. Nos últimos dois anos desapareceram na zona cerca de cem pessoas. Mas o problema agravou – se nos últimos meses: mais de duzentas pessoas desapareceram em dois meses, isto sem contar com os nossos investigadores.
- E porque razão fomos nós chamados para investigar raptos? – perguntou André.
- Temos razões para acreditar que não se tratam de simples raptos. Um edifíco desmoronou – se na passada semana e outros fenómenos algo estranhos têm vindo a acontecer.
- Tais como? – a curiosidade de André levou – o a fazer esta pergunta.
- Mais detalhes serão revelados quando chegarem às instalações. Por favor notem que esta organização é secreta, nem o próprio estado norte americano tem conhecimento do que estamos a fazer.
- Como não? – voltou a perguntar.
- Acreditamos que o governo de Barack Obama esteja envolto em corrupção, como tal não podemos revelar esta missão.
- Mas… - João ia falar quando a ligação terminou – Fogo, detesto estas pessoas que desligam a chamada antes de acabarmos a conversa!
André riu – se e João ficou irritado com a atitude do amigo.
- Calma João. Eu também não estou contente com isto. Esperemos por mais detalhes quando chegarmos ao SSE.
João acenou com a cabeça, em jeito de concórdia.
 
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