[Ficção] A velha

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DeletedUser28728

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porque é que não tentas escrever com mais frequencia?

tu sabes que nós gostamos desta fic, devias de a escrever com mais frequencia, tipo arranjar um tempo do dia e dedicares-te a ele
 

DeletedUser14254

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Capítulo 12

Tom tinha o prazer de desfrutar da melhor casa em Dong District. Afinal, enquanto lá estivessem, ele era o superior e decidiu escolher para ele a melhor e maior casa da região.
Tom acendeu a fogueira para se manter quente durante a noite gélida, puxou uma cadeira para junto da lareira, pegou num livro e começou a escrever. Na sua mente estava o que André lhe acabara de dizer e Tom, embora o tentasse ignorar, não podia fazê-lo sabendo que um dos seus investigadores corria perigo.
Levantou-se, dirigiu-se à porta e vestiu o seu sobretudo. Saiu à rua e procurou pela casa dos investigadores portugueses.
A noite estava fria, mais fria que o habitual na zona, e a luz que a Lua devia irradiar era pouca pois as nuvens ofuscavam-na. Tom olhava para as casas e via que as luzes estavam apagadas, mas à medida que caminhava, encontrou uma casa em que os moradores ainda não tinham apagado as luzes. Era a casa de André e João.
Tom abriu o portão ferrugento e bateu à porta. Na ausência de resposta, voltou a bater. Começou a ouvir passos no interior da casa, que se tornavam cada vez mais nítidos devido à sua aproximação. Depois, a porta abriu-se e apareceu André.
- Tom? O que fazes aqui a esta hora?
Tom entrou e disse rapidamente a André:
- Pega nos teus pertences e vem comigo.
André mostrava-se surpreso para com a atitude do instrutor, e mostrando sinais de dúvida, Tom repetiu:
- Pega nas tuas coisas depressa e anda comigo!
- Mas, então e o João? - perguntou André que percebera que algo de sério se passava.
- Diz-lhe para que pegue nas coisas dele e venha connosco. Há espaço suficiente em minha casa para todos.
André subiu as escadas, chamou João e alguns minutos depois estavam os dois no andar de baixo, junto a Tom, ainda com o robe de noite vestido.
- Venham, vamos para minha casa.
- O que se passa? - perguntou João.
- Explico tudo quando estivermos seguros em minha casa. Até lá, não quero que façam barulho e tentem andar o mais rapidamente possível.
Os dois amigos partiram atrás de Tom, seguindo as suas instruções. Passados alguns minutos, estavam em casa do instrutor.
- Porque é que ele tem uma casa destas e nós ficámos com uma a cair aos bocados? - perguntou João.
Tom não respondeu. Não considerou uma pergunta sensata naquela altura.
- Sentem-se. Está frio e já acendi a lareira.
Tom esperou que se sentassem e depois prosseguiu.
- André, o que me disseste em relação ao que viste colocou-te em perigo - dizia Tom.
O cientista não entendia muito bem o que Tom queria dizer, por isso Tom explicou.
- Há muito tempo, nesta zona, uma senhora idosa abriu as portas do abismo. Segundo diz a lenda, existia uma escritura que prometia dar a quem a lesse tudo o que essa pessoa quisesse. Há relatos de pessoas que dizem ter visto a velha a ler um papel escrito numa língua estranha.
Os dois cientistas tentavam assimilar toda a informação que lhes estava a ser dada.
- A lenda diz que apenas o escolhido seria capaz de ler aquela língua do abismo. E quando terminou a leitura, libertou os abismais.
- O que são abismais? - perguntou João.
- São animais do abismo. Embora assumam formas humanas, na realidade são feras e muito perigosas. Um abismal é capaz de matar entre três e cinco humanos de uma só vez, dependendo da sua idade.
- E o que aconteceu a essa velha? - perguntou, desta vez, André.
- Tornou-se o Superal dos abismais. É uma espécie de Deus do abismo, e além de ser mais forte do que possam imaginar, lidera todos os abismais.
André estava espantado com o que se passava naquela cidade.
- Mas porque razão querem eles apanhar o André? - perguntou João.
- O André tem informações sobre eles, sabe coisas sobre os abismais. Sabe-o porque viu a velha e apenas isso é razão para eles se sentirem intimidados. Afinal, foi a primeira pessoa a vê-la desde a leitura da escritura.
João e André estavam estupefactos com o que ouviam e tinham agora noção de que estavam a lidar com algo que eles nunca imaginariam.
 

DeletedUser14254

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Capítulo 13

- Está a dizer-nos que quem tem informações desaparece... Então porque é que o Diogo foi raptado? - perguntou André.
- Bom... ele podia saber alguma coisa... - dizia Tom - e nunca vos ter contado...
- Não, Diogo sou amigo - respondeu João.
- O que o João quer dizer é que o Diogo era amigo dele e lhe contaria se soubesse algo - acrescentou André.
- Provavelmente estão certos... mas tenho outra teoria. Os abismais não pretendiam raptar o Diogo. Estavam em vossa casa para te raptarem André. O Diogo foi apenas um imprevisto com que tiveram de lidar.
André e João estavam boquiabertos. Nunca tinham lidado com tanta informação de uma só vez.
- Mas então... se você nos está a contar tudo isto, não ficaremos em perigo? - perguntou João.
- Sim, ficam. É por isso que vou tomar medidas quanto a vós os dois. Vêm viver aqui em minha casa.
André mostrava-se duvidoso da proposta de Tom. Não entendia porque razão estariam mais seguros lá.
- Ouçam, durante o tempo que passei na base nos EUA, enquanto via toda uma tripulação a desaparecer aqui, estudei os abismais. Conheço algumas fraquezas deles e estou preparado para a chegada deles. Eles sabem isso e aqui não entram. Já a...
Tom fez uma pausa para pensar. Avaliou os rostos de André e João para escolher a melhor forma de dizer o que pretendia.
- Fale homem! - gritou João.
- Bem... eu conheço as fraquezas dos abismais, mas eles não passam de criados do Superal. O Superal é muito mais forte e como nunca ninguém o viu, até hoje, não conheço nenhuma fraqueza dele. Essa velha é o nosso maior inimigo.
A conversa durou mais alguns minutos e no final Tom, André e João foram buscar os pertences dos investigadores.
A instalação na sua nova casa correu bem. Havia quartos para todos e já não houve disputas para se decidir quem ficava com qual.
- Muito bem, já é tarde - disse Tom - hora de dormir.
João ia apagar a luz, quando Tom o parou:
- Não! Essas luzes foram construídas em laboratório. Chamamos-lhe "Luzes Superficiais". São uma das coisas que impedem os abismais de entrar aqui.
- Então eles são vulneráveis à luz? - perguntou André.
- Não. São vulneráveis a esta luz.
João sentiu-se aliviado pelo que ouviu. Dormir de luzes apagadas seria muito mais difícil.

No dia seguinte, depois de uma noite de sono, todos se sentiam mais confortáveis. Tom estava na cozinha e preparava o pequeno almoço. Pelo cheiro, João percebeu que era café e bolachas de manteiga de amendoim.
- Boa... parece-me que vamos comer - disse João para si mesmo.
João correu até à cozinha onde André já se encontrava. No seu prato estava o chávena meia cheia e três bolachas.
- Só isto?!
- Sim, e é se queres ter comida para o resto do tempo que aqui ficarmos - respondeu Tom.
João engoliu tudo sem sequer ouvir uma palavra de Tom.
- Então, quando comemos outra vez?
- Hum... lá para as quatro da tarde.
- E o almoço?
- Às quatro da tarde.
Depois de André lavar os pratos e chávenas, saíram à rua. André olhou para a direita e pulou para trás, assustado.
 

DeletedUser28728

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so tenho uma coisa a dizer que acho que fala pelo resto do pessoal

todos nos gostamos da fic, por isso nao percebo porque demora tanto
 

DeletedUser14254

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so tenho uma coisa a dizer que acho que fala pelo resto do pessoal

todos nos gostamos da fic, por isso nao percebo porque demora tanto

É preciso inspiração :p Além disso eu tenho tido muitos afazeres... :(
 

DeletedUser14254

Guest
Olá,

queria pedir desculpa na demora pelo envio de novos episódios, mas não tenho tido tempo ou inspiração.
Quando estiver com boas ideias escreverei vários, de forma a poder postar um a cada dois dias.

Obrigado.
 
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