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FIC - O Navio do Medo
Boas. Apresento a minha terceira fic, esta, ao contrário das últimas já está escrita, por isso podem contar garantidamente com um capítulo diário. Outra coisa interessante nesta fic é que ao contrário das outras que escrevi, que se passavam em meses (13 andares) ou numa semana (The Old Corch), esta passa-se em 24 horas, o que torna a escrita em si um pouco diferente.
Mais "terror" como muitas pessoas gostam de chamar, embora eu não ache que assusto alguém mas suspense, isso sim posso prometer.
Gostaria de agradecer a todos os que me disponibilizaram o nick, a todos os que me apoiaram ao longo da escrita (não vou dizer nomes, ainda me esqueço de alguém) e ao battleking96, por me ter feito aquela imagem em cima que ficou espectacular.
De resto, fica o primeiro capítulo, desejo-vos uma boa leitura.
Capítulo 1
DarkRJPN acordou numa cama desconfortável, que se assemelhava muito a uma cama de hospital, se é que não era mesmo uma.
De nada se lembrava, à excepção de um ruído, um guincho e uma pancada brutal. Doía-lhe a cabeça e também as costas.
Levantou-se a custo e observou o resto do quarto. Na verdade, não havia muito para observar. O quarto era apenas composto pela cama onde tinha dormido e por uma pequena mesa quadrada. Havia uma janela. Mas uma janela algo estranha, em forma de círculo. DarkRJPN aproximou-se e olhou através desta. Foi então que se apercebeu que não estava a olhar através de uma janela. Estava a olhar através de uma escotilha. E não estava num quarto. Estava numa cabine. Encontrava-se num navio. Sim, do outro lado havia mar, um mar escuro e...morto. Sim, morto parecia a palavra que melhor descrevia aquele mar. Um espesso nevoeiro envolvia o navio o que reduzia o alcance da visão de DarkRPJN para menos de 5 metros.
A água escura e o nevoeiro espesso davam um efeito algo perturbador à cena. O que levou o jovem a afastar-se da janela.
DarkRJPN era um jovem de 19 anos, alto e magro. O seu cabelo era um pouco comprido demais para o penteado que usava, o que lhe dava um ar algo ridículo. Envergava apenas uma t-shirt azul e umas calças de ganga. Estava descalço.
Só então se começou a aperceber de que sentia frio. Muito frio mesmo. E tinha motivos para isso, a temperatura do navio andava na casa dos 7, 8 graus centígrados. Um frio de...morte. Arrancou o lençol da cama e com ele fez uma espécie de capa. Agora sim, estava mesmo ridículo mas não se importava.
Observou uma vez mais a cabine. Na pequena mesa havia um bilhete, escrito à mão num pedaço de papel velho.
Olá marinheiro,
Bem-vindo ao navio.
É favor apresentar-se na cabine 436 logo após ler este bilhete.
Obrigado.
Guardou o papel no bolso e saiu da cabine. Fechou a porta atrás de si e pôde ler, escrito a preto, 337.
Calculou que a cabine 436 se encontra-se no deck acima, portanto, procurou um modo de lá chegar. Olhou para direita. Era um corredor que parecia interminável, cheio de portas com números nas paredes. Para a esquerda a visão era a mesma. Encolheu os ombros e seguiu pela direita, com a cabeça repleta de perguntas.
Cabine 643. Feijoca levanta-se da cama, do mesmo modo que DarkRJPN havia feito, momentos antes. A sua cabine era igual à dele, por isso procedeu quase da mesma maneira.
Feijoca era bastante mais baixa e dois anos mais nova que DarkRJPN. O seu cabelo não era curto mas o de Dark conseguia ser maior. Envergava também uma t-shirt e uns calções de ganga. Estava menos frio do que na cabine do rapaz, mesmo assim feijoca estava enregelada. Mas ao contrário de Dark, ignorou o lençol e decidiu procurar por roupa nas outras cabines. Antes de abandonar a sua, encontrou um bilhete na pequena mesa quadrada.
Olá jovem,
Bem-vinda ao navio.
É favor apresentar-se na cabine 436 logo após ler este bilhete.
Obrigado.
Bom, o par pode esperar - pensou. Primeiro queria arranjar algo para vestir. Ou melhor, algo mais quente para vestir.